| Este artigo apresenta os resultados de uma investigação empírica sobre como lideranças da indústria automobilística da região do Grande ABC Paulista lidam com o dilema moral que se coloca entre confiar nos pares, superiores e subordinados e/ou ceder à pressão por inovação e competitividade. Para a pesquisa foi empregado o referencial conceitual de L. Kohlberg sobre moralidade pessoal; o de J. Petrick, sobre moralidade organizacional; e o de J. Loevinger, sobre maturidade racional e emocional. Nove executivos de quatro grandes montadoras participaram de uma entrevista não estruturada, projetiva, para obter pistas acerca de como a cultura moral de suas organizações de origem, lida com a confiança em meio às pressões por inovação e competitividade. Os resultados mostram que a cultura moral relacionada à confiança se subordina às pressões por inovação e competitividade. A tipificação da cultura moral, a partir dos referenciais conceituais, a descreve como sendo Auto-protetora gerando posturas oportunistas e manipuladoras. Essa tipificação age como uma doença auto-imune: destrói sorrateiramente os esforços para atingir níveis mais elevados de inovação e competitividade fomentando posturas de descomprometimento, desapego e afastamento na busca por resultados. |
