| O objetivo deste artigo é estudar a evolução das exportações brasileiras na indústria têxtil ao longo do período 1995-2005, no qual as exportações brasileiras cresceram consideravelmente. A pesquisa se orientará pela seguinte questão-problema: o crescimento das exportações das empresas brasileiras no setor têxtil foi compensado por um aumento de suas vantagens comparativas? Tanto em âmbito global e vis-à-vis a OECD, utilizaram-se como ferramentas de análise o Índice Original de Balassa, a mensuração de Vantagens Competitivas Reveladas de Vollrath, e mais recentemente desenvolvido pelo Centre d'Etudes Prospectives et d'Informations Internationales (CEPII), a abordagem de Contribuição ao Saldo. Os resultados indicam que a indústria têxtil brasileira sofreu diminuições sistemáticas em sua vantagem competitiva. Por outro lado, as exportações deste setor aumentaram significativamente em valor a partir de 2002, o que aponta que a taxa de câmbio brasileira desvalorizada tem sido mais relevante para se alavancar as exportações do que qualquer ganho de competitividade internacional. Desta forma, os resultados deste estudo reforçam a necessidade de apoio governamental a este setor, largamente composto por pequenas e médias empresas, para o aumento de eficiência produtiva e, por conseguinte, manutenção de preços internacionalmente competitivos e diminuição de riscos sem a dependência excessiva de uma taxa de câmbio desvalorizada. |
