No Brasil, a grande maioria dos microempreendimentos não têm acesso ao crédito. Coloca-se como principal causa deste problema a percepção de risco das instituições financeiras tradicionais, principalmente devido à falta de bens para garantir o empréstimo, e também por serem empreendimentos aparentemente instáveis, que realizam transações informais; portanto, são desprovidos de documentos contábeis que constituam base de informações confiáveis sobre sua real situação e suas perspectivas de sucesso. No entanto, esses microempreendimentos têm grande potencial para crescer e são de considerável importância para o desenvolvimento econômico e social do país. Dentro desse cenário, o microcrédito surgiu como uma tentativa de amenizar esse problema, ou seja, como uma forma de conceder pequenos créditos a esses microempreendimentos, que são excluídos do sistema financeiro tradicional.
Ao se tratar deste tema, surge um questionamento: as operações de microcrédito podem ser consideradas um instrumento de geração de valor para os microempreendimentos? A resposta para esta indagação é muito importante, visto que organizações que geram valor tendem a conseguir um crescimento sustentável. Tal crescimento leva à geração de novos empregos, ao fortalecimento dos stakeholders com os quais se relaciona e ao aumento da riqueza dos proprietários.
Por intermédio de uma pesquisa documental com clientes de uma ONG que atua no segmento de microcrédito na cidade de Ribeirão Preto SP, a Crescer-Crédito Solidário, concluiu-se que o microcrédito pode ser considerado um instrumento de geração de valor para os microempreendimentos, contribuindo para que tenham um crescimento sustentável.
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