| A produção do amendoim passa por um período de transição no país. A modernização da produção vem provocando mudanças estruturais na cadeia visando a ampliação de sua competitividade. Entretanto, a eficiência de um sistema produtivo transcende o simples equacionamento de problemas individuais, carecendo de uma organização hegemônica e uma estrutura de coordenação apropriada. Nesse ponto o conceito de eficiência apóia-se na adequação da estrutura de governança em questão às características da transação. O não alinhamento dos arranjos organizacionais pode indicar falhas e oportunidades de coordenação. Nesse sentido esse trabalho foca na análise das transações entre os agentes da cadeia produtiva do amendoim na região de Tupã e Marília, identificando as estruturas de governança de forma estruturada e sistematizada para detectar os desafios e as oportunidades do setor. Utiliza-se dos conceitos de sistemas agroindustriais proposto por Zylbersztajn (1995) e do modelo proposto por Williamson (1985) para a análise das relações contratuais entre os agentes, possibilitando detectar a perspectiva de cada agente dentro da transação.
Ao longo de toda a cadeia há o predominio de relações geridas pelo mercado spot. Nas transações entre os produtores e as empresas fornecedoras de insumos percebem-se uma maior aproximação entre os agentes. Na relação entre produtores e beneficiadores, bastante conflituosa, existe ainda muito espaço para ganhos de eficiência no SAG do amendoim na região. Entre as indústrias e os beneficiadores, nota-se que o ambiente institucional vem contribuindo de forma incisiva para a forma de atuação desses agentes. A proximidade entre eles caminha no sentido de buscar de maiores níveis de qualidade para os grãos. |
