| O Brasil é um dos maiores exportadores de futsal para a Europa. Nesta pesquisa, o objetivo é analisar a “exportação” de jogadores brasileiros que atuam no futebol de salão mundial. O referencial teórico considera a história do futsal e contempla alguns conceitos-chave oriundos da teoria de internacionalização de empresas, que podem ser aplicados no caso do futsal. Foram identificados: a influencia dos agentes externos, os recursos intangíveis, a influencia da localização e aprendizagem. Os procedimentos metodológicos adotados foram de cunho qualitativo, por meio da realização de entrevistas semi-estruturadas com 7 jogadores brasileiros que atuam na Europa. A reputação dos jogadores gera expectativas nos times, que creditam neles uma responsabilidade maior na esperança de vitórias de campeonatos. Os agentes externos, personificados em amigos que já jogam no exterior, são os principais impulsionadores de “exportações”, que se traduz num processo denominado de bola-de-neve. Há também o papel dos agentes oportunistas, como clubes que visam levar vantagem nas transações por conhecerem os baixos custos de mão-de-obra no Brasil, assim como a origem humilde de alguns jogadores. Verificou-se que o clima brasileiro influencia positivamente na competitividade da indústria, visto que o esporte pode ser praticado nas ruas desde cedo. O futebol reflete-se numa esperança de mudança socioeconômica, além do reconhecimento e maior projeção internacional, mas que são necessárias mudanças para que haja sustentabilidade na vantagem competitiva estabelecida devido a novas tendências ambientais. |
