RESUMO
Código: 415
Área Temática: Finanças

 

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A Relação do Spread Bancário Com Índice de Inadimplência no Brasil
 
Entre dezembro de 2008 e julho de 2009, houve uma redução da taxa básica de juros (Selic) num total de 5,00 pontos percentuais (queda de 36,36%), que passou de 13,75% a.a em dezembro de 2008 para 8,75% a.a em julho de 2009. Já a taxa de juros de empréstimos média para pessoa física reduziu um total de 7,33 pontos percentuais (queda de 5,32%), que passou de 137,91% a.a em dezembro de 2008 para 130,58% a.a em julho de 2009. Pode-se perceber o descasamento da queda da Selic com a queda dos juros bancários. Segundo a FEBRABAN (2009), o principal motivo das altas taxas de juros cobrados no sistema bancário é o inadimplente. Diante de tal afirmação, torna-se necessário pensar e questionar se a inadimplência tem realmente essa parcela de culpa no custo do crédito brasileiro, até porque, estudos recentes vêm se contrapondo a essa idéia, visto que os mesmos têm variado pouco em sua série histórica e que a inadimplência brasileira não é muito diferente do nível mundial, o que seria de suma importância para sustentação da hipótese levantada pelos bancos. Portanto, esse trabalho tem o objetivo de analisar os fatores que determinaram o spread bancário brasileiro entre os anos de 2000 a 2009 e, principalmente, visa identificar qual a importância da inadimplência nesse contexto. O trabalho se deu pela aplicação de um modelo econométrico aplicado a pessoas físicas e a pessoas jurídicas, utilizando-se dados fornecidos pelo Banco Central (BACEN). A análise dos dados indicou a elevada correlação entre spread bancário e Selic. Ao contrário do esperado, observou-se uma relação negativa entre inadimplência e o spread bancário para operações de pessoas jurídicas.

 

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