| As empresas devem garantir que informações e conhecimento sejam compartilhados entre seus colaboradores, pois, ao contrario de ativos materiais que se depreciam à medida que são utilizados, o ativo do conhecimento é ilimitado, pois cresce quando é estimulado e utilizado: idéias geram novas idéias e o conhecimento compartilhado permanece com a sua fonte, bem como com seu receptor. Destarte, o presente artigo teve como objetivo investigar como o compartilhamento do conhecimento é desenvolvido em contexto de processo sucessório em empresas de natureza familiar. O interesse recai sobre as estratégias utilizadas pelos sucedidos para compartilhar e transferir conhecimentos aos futuros sucessores. Parte-se do pressuposto que o conhecimento é uma mistura fluída de experiência condensada, valores, informação contextual e insight e, portanto requer estratégias peculiares para a sua transferência e compartilhamento. O compartilhamento do conhecimento consiste, basicamente, em um processo de incorporação de dados e informações. Além disso, o conhecimento deve ser construído internamente na organização, passando pela conversão do conhecimento tácito em conhecimento explícito, sobretudo pelo processo de compartilhamento de experiências que a levem a rever ou a recriar modelos mentais ou habilidades técnicas. Com base nessa perspectiva, o presente estudo, de caráter inicial, elege o contexto de um processo sucessório de primeira geração por compreender que este também é um momento privilegiado de investigar o fenômeno da aprendizagem organizacional. Este assunto foi analisado em duas empresas familiares dos setores têxtil e prestação de serviços do interior do Estado de São Paulo. |
