Este trabalho tem como objetivo identificar se as mudanças ocorridas no ambiente macroeconômico, viabilizadas pelo Plano Real, tiveram algum tipo de influência no padrão de consumo dos brasileiros. Para tanto, é feita uma análise quantitativa por meio de tabelas e do uso da econometria de painel, da evolução do consumo no Brasil nas últimas décadas e de seus principais determinantes, evidenciando o sucesso do plano em baixar e manter baixa à inflação após uma série de planos fracassados. O consumo é uma das variáveis fundamentais da macroeconomia, pois afeta o comportamento da economia como um todo. A estabilização da economia permitiu a restauração dos mecanismos de crédito, como o alargamento dos prazos de pagamento e a facilidade de obtenção. Os dados analisados sugerem que o consumo privado caiu no decorrer dos anos 80, como reflexo do período recessivo que o país estava vivendo. Entretanto, a partir da estabilização, viabilizada pelo Plano Real, o consumo privado segue uma trajetória ascendente. Como resultado significante, temos, a partir de 1995, a tendência ascendente do consumo, devido ao favorecimento da população de baixa renda, que não tinha acesso a instrumentos de proteção contra a constante perda do poder de compra, além da restauração dos mecanismos de crédito, que beneficiou todas as classes de renda. |