| Impulsionados pela perspectiva econômica favorável, agricultores assumem, por vezes, o papel de inovadores, financiando pesquisas para geração de tecnologia, tal como fazem, historicamente, instituições públicas no Brasil. A lavoura de algodão no Brasil passou por períodos de instabilidade depois de haver atingido posto de principal cultura, nos anos 1930. Um sistema de cultivo completamente reestruturado surgiu pelas mãos das organizações de produtores. O melhoramento vegetal é a forma mais eficaz de elevar a produtividade das culturas, adaptá-las a diferentes condições climáticas, aperfeiçoar o sistema de manejo, criar resistência a pragas e adequar-se às exigências do mercado. Dessa forma, dentro dos pressupostos da economia dos custos de transação, essas organizações têm realizado elevados investimentos para a geração de novas cultivares. A partir de informações sobre o ritmo de lançamento de cultivares no mercado e o potencial de produção de sementes, buscou-se com este estudo, analisar a eficiência da estratégia dessas organizações comparando-as com empresas públicas e privadas que atuam no mesmo segmento. Os resultados demonstram que as organizações têm cumprido com o papel de abastecer o mercado com novas variedades vegetais, inclusive com nível de competitividade compatível com as demais empresas atuantes no mercado de melhoramento genético de algodão. |
