| São analisados os investimentos diretos de empresas brasileiras no exterior (IDE), a partir de uma base de dados inédita, com 189 empresas. O objetivo é contribuir com as teorias de negócios internacionais, a partir do estudo da expansão de empresas de países emergentes. A internacionalização é examinada em relação a dois determinantes – pull factors (aspectos existentes nos países de destino) e push factors (características do ambiente brasileiro) -, que se combinam às vantagens competitivas das empresas e definem a estratégia internacional. A base foi construída a partir de dados secundários, em pesquisa documental, e foram realizadas análises descritivas, enriquecidas com estudos de caso disponíveis na literatura, contribuindo para fortalecer os resultados. Existe uma preferência pela América Latina como primeiro destino do IDE, em especial pela Argentina, reforçando a tese da menor distância psíquica, geográfica e institucional. Isto se verifica em setores de menor intensidade tecnológica, nos quais as empresas escolhem países menos desenvolvidos para melhor explorar suas vantagens de propriedade. Empresas pertencentes a setores de média-alta e alta intensidade tecnológica investem inicialmente nos Estados Unidos, Canadá e países europeus. São apresentadas quatro proposições, sustentadas pelo referencial teórico, que deverão ser comprovadas em levantamento futuro junto às empresas da base de dados. |
