Na busca da redução de um dos conflitos da relação de agência, as organizações passam a estabelecer regras para as estruturas de remuneração dos administradores, adotando políticas de remuneração que recompensem os agentes com base no desempenho organizacional. Essa modalidade de remuneração geralmente se baseia em indicadores não contábeis de desempenho organizacional, como o Ebitda. Nesse contexto, o presente estudo objetiva analisar a correlação entre o Ebitda evidenciado pelas empresas que formam o Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada (IGC) da BM&FBovespa e a remuneração dos agentes de governança corporativa. A pesquisa se caracteriza como descritiva, de natureza qualiquantitativa. Foram coletados os valores de Ebitda das organizações, referentes a 2010, do Economática®, e a remuneração paga aos agentes de governança e a sua composição do mesmo ano, do Formulário de Referência. Os resultados demonstram que dentre as variadas formas de compensação, a remuneração fixa é a mais representativa para o conselho de administração, enquanto que os diretores estatutários são remunerados por uma maior parcela de remuneração variável. O estudo confirma a existência de uma correlação positiva entre o Ebitda e a remuneração dos agentes de governança corporativa, reafirmando o uso desse indicador nos planos de remuneração estabelecidos pelas organizações. |