As universidades públicas brasileiras vêm desempenhando um papel cada vez mais expressivo no processo de inovação tecnológica do país. Esta responsabilidade implica na busca por recursos financeiros externos com o objetivo de desenvolver projetos de P&D. Contudo, estas instituições carecem de estrutura formal de gestão de projetos visando garantir o sucesso destes empreendimentos. Neste contexto, o artigo discute como o ambiente público de P&D pode influenciar a definição e classificação do modelo de um Escritório de Gerenciamento de Projeto – EGP. Para fundamentar o estudo, foi definido um quadro teórico norteado pelo gerenciamento de projetos de P&D e pela identificação de tipologia e funcionalidades de Escritórios de Projetos. Utilizando a estratégia de estudo de caso, a pesquisa foi conduzida em um laboratório de P&D de uma universidade pública. Como principais fontes de evidências, o estudo contou com entrevistas dos pesquisadores do laboratório e como fonte documental, acesso a relatórios dos projetos concluídos. O estudo levou à conclusão que o modelo de escritório adotado possui características híbridas, sendo diretamente influenciado pelas peculiaridades do ambiente e que além de gerenciar os projetos, o EGP também é responsável pelo cumprimento de aspectos legais, específicos para fomentos à pesquisa com recursos públicos. |