Este artigo questiona se existem relações de causa e efeito comprovadas entre indicadores e entre dimensões em modelos de avaliação organizacional, da forma explicitada ou sugerida pelos autores destes modelos. Para tanto, primeiro são apresentados conceitos decausalidade, bem como a evolução histórica da discussão sobre causalidade. Complementarmente, são apresentadas técnicas estatísticas, como a Modelagem de Equações Estruturais (MEE) e não estatísticas, como os Métodos de Mill, que com diferentes graus de validade, podem ser usadas na construção de modelos que contenham inferências causais. Modelos de avaliação organizacional recomendados pela literatura administrativa e bastante utilizados pelos gerentes são apresentados segundo a ótica dos seus autores e depois por meio das críticas que recebem, com relação a questões de causalidade. Contrastadas as críticas com as teorias de causalidade e de relações, de forma geral, são propostas ações a serem levadas em conta para a construção de modelos para se utilizados na avaliação do desempenho completo das organizações, envolvendo diferentes variáveis. Por fim, conclui-se que existem outros problemas teóricos maiores que a simples incorreção na caracterização de relações de causa e efeito, nos modelos de avaliação organizacional mais difundidos. |