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O microcrédito tem gerado um impacto positivo no apoio ao empreendedorismo e à inovação ao redor do mundo, especialmente em países emergentes como Índia e Brasil. Buscando ampliar o entendimento desse fenômeno, identificou-se uma lacuna na literatura quanto ao processo de difusão de inovações sociais. O objetivo dessa pesquisa é identificar os principais elementos que compõem o processo de difusão de uma inovação social – o sistema de microcrédito - em mercados emergentes como o Brasil.
A estratégia de pesquisa adotada foi o estudo de caso, visando compreender como uma inovação social difundida – o microcrédito – se deu no contexto brasileiro. A instituição escolhida foi o Banco Pérola, voltada para um público bastante específico (jovens com até 35 anos) e que vem apresentando resultados positivos em termos de expansão. Os dados foram coletados por meio de entrevista com a fundadora, documentos, notícias e relatórios do banco.
O entendimento do processo de difusão é a chave para a compreensão de como essas atividades inovadoras produzem as melhorias no bem-estar econômico e social (HALL, 2005). Como base para análise da difusão da inovação social foi utilizado o modelo de Nelson, Peterhansl e Sampat (2004), que é aplicado nos estudos de difusão de diversos tipos de inovação e que considera as relações sociais aliadas às questões econômicas.
Essa pesquisa teve a intenção de identificar os principais aspectos no processo de difusão de uma inovação social, usando como objeto de estudo o fenômeno da difusão do microcrédito no contexto brasileiro. Identificaram-se elementos determinantes para que ocorresse a difusão do microcrédito no Brasil, que foram agrupados nas dimensões macro (presença de retornos dinâmicos crescentes e influência dos aspectos institucionais) e micro (existência de evidências persuasivas de resultados, comunicação
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