O objetivo do estudo é analisar a relação existente entre o grau de intangibilidade e a geração de valor adicionado em empresas brasileiras listadas na BM&FBovespa, no período de 2009, 2010 e 2011.
Realizou-se pesquisa descritiva, documental e de caráter quantitativo, investigando as 100 maiores empresas brasileiras de capital aberto ao considerar os valores de patrimônio líquido. Utilizou-se o teste Kruskal-Wallis para verificar se existem diferenças estatisticamente significativas entre as médias do valor adicionado e do grau de intangibilidade. A análise dos dados incluiu a regressão linear multivariada, pelo método dos mínimos quadrados em painel, com uso do pacote estatístico EViews®.
A fundamentação teórica apresenta os conceitos que sustentam o assunto pesquisado e serve de base para análise dos dados coletados. A subseção de ativos intangíveis apresenta o contexto da relevância desse tipo de ativos para a competitividade e o desempenho organizacional; a subseção de valor adicionado contempla os aspectos de formação e distribuição da riqueza criada; finalmente, a subseção de estudos correlatos apresenta resultados já obtidos em investigações de natureza similar.
O grau de intangibilidade apresentou relação positiva e estatisticamente significativa ao nível de 1% com o valor adicionado, indicando que no conjunto total das empresas, aquelas com maior intangibilidade geram quantias maiores de valor adicionado. Os resultados indicam que o nível de governança corporativa serve como um fator discriminante para a geração do valor adicionado, mas para o grau de intangibilidade não.
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