O trabalho científico possui como objetivo geral verificar se a probabilidade de default estimada pelo modelo “ingênuo”, proposto por Bharath e Shumway (2008), assemelha-se a do Merton DD. E, os objetivos específicos compreendem: realizar estudo exploratório dos modelos estruturais e reduzidos de estimativa de PD; identificar os indicadores-chave que influenciam a probabilidade de default; e analisar o comportamento dos modelos, bem como sua sensibilidade.
O estudo utilizou o modelo Merton DD e o “ingênuo” (naïve) para estimar a probabilidade de default de empresas comparando seus resultados. O primeiro modelo calcula a probabilidade de default para as empresas a qualquer momento de tempo e o segundo utiliza procedimentos mais simples, sem estimar valores não-observáveis no mercado, seja resolvendo as equações de Black-Scholes-Merton ou utilizando outros métodos iterativos. As metodologias estimaram as probabilidades de default para as empresas.
Para a medição da probabilidade de default, foram estruturados modelos de classificação de risco: modelos reduzidos e modelos estruturais. No primeiro se assume conhecimento de informações menos detalhadas, não permitindo prever o momento que uma empresa entra em default. Já no segundo, assume-se total conhecimento de informações muito detalhada, como o valor de todos ativos, obrigações e dívidas, o que proporciona ser possível prever o momento da empresa entrar em default na maioria dos casos.
A análise de cálculos realizados permitiu concluir que o modelo “ingênuo” (naïve) conseguiu ter um desempenho próximo ao Merton DD, indicando que um modelo reduzido tem seu resultado próximo ao de um modelo estrutural. Porém percebeu-se uma variação entre os resultados de acordo com o nível de endividamento das empresas, já que, os modelos obtiveram resultados mais semelhantes quando adotada a dívida total, de curto e longo prazo, como valor de face das obrigações da empresa.
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