Identificar nas empresas pesquisadas o nível de conhecimento e as variáveis relacionadas com a utilização dos instrumentos de apoio financeiro à inovação. Verificar em que medida esses intrumentos estão alinhados com as suas estratégias de inovação. E identificar a percepção dessas empresas inovadoras quanto à articulação e operacionalização desses instrumentos no interior das próprias agências visando atender às diretrizes da política nacional de inovação tecnológica.
O desenho metodológico é de natureza qualitativa, nível exploratório e estudo de caso múltiplo. Foi utilizado um roteiro de entrevistas de caráter semiestruturado com questões abertas e fechadas, buscando respostas com a utilização de escalas métricas. A seleção dos casos priorizou três empresas inovadoras que usufruíram dos instrumentos de apoio e os sujeitos sociais entrevistados exercem funções relevantes com envolvimento direto com a gestão da inovação nas empresas que atuam.
O papel do Estado como agente de uma política industrial de apoio à inovação é vital para o desenvolvimento industrial. As diretrizes da PITCE articulam as linhas centrais da política de inovação brasileira (Lei da Inovação e Lei do Bem). O apoio às estratégias de inovação e competitividade das empresas. A articulação e a operacionalização dos instrumentos de apoio às atividades inovadoras: subvenção econômica, incentivo fiscal e programas de financiamento
Respostas às questões do tipo “conhece” e “utiliza” mostraram que as empresas pesquisadas conhecem os instrumentos e seus resultados práticos. Projetos aprovados não foram utilizados em função da lentidão do processo de análise, aprovação e liberação de valores. Os órgãos devem articular e operacionalizar melhor os instrumentos que oferecem, e não existe, ainda, uma política institucional consistente na área técnico-cientifica alinhada com os interesses estratégicos das empresas.
Avaliar a efetividade da política nacional de inovação ao abordar a competência das instituições públicas para definir prioridades e estratégias de ação e a capacitação das empresas privadas para formular estratégias mais claras na concepção dos seus projetos. Incentivar a exploração do tema em relação ao papel fundamental da gestão de inovação nas empresas e a uma maior utilização dos incentivos fiscais por dispensar a formalização prévia de pedido, com aprovação automática dos projetos.
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