O objetivo deste trabalho consiste em identificar a relação do pagamento de dividendos, do nível da dívida e do conselho de administração com o desempenho das empresas familiares e não familiares.
A amostra compreende 166 empresas familiares e 167 empresas não familiares. Utilizou-se 5 equações para verificar se o impacto dos dividendos, da dívida e a estrutura do board no desempenho é influenciado pelo controle familiar das empresas. Realizou-se 4 regressões lineares e por fim aplicou-se o modelo de equações simultâneas, pois a última equação incorpora as demais equações. As variáveis são do estudo de Setia-Atmaja, Tanewski e Skully (2009).
Pela teoria da agência tem-se dois tipos de problemas entre agentes e principais. Primeiramente, o conflito de interesses ocorre pela falta de alinhamento dos objetivos entre os interessados, sendo este conflitos minimizados pela maior participação dos proprietários na gestão, possibilitando o monitoramento dos gestores. O segundo problema de agência consiste no entendimento de que quando o controle é familiar, tem-se incentivos para expropriar a riqueza dos acionistas minoritários.
A política de distribuição de dividendos, níveis de dividas, tamanho do board é maior nas empresas não familiares. Conclui-se que as empresas familiares não possuem níveis mais elevados de pagamento de dividendos para manter a eficácia no controle dos problemas de agência II. Para a mitigação dos problemas de agência as empresas não familiares constatam que um elevado número de conselheiros independentes no board, como um mecanismo essencial para os problemas de agência.
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