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O trabalho teve por objetivo investigar a relação entre estrutura de propriedade e desempenho no segmento de bancos do Brasil, analisando uma amostra de 19 bancos com ações listadas na BM&FBovespa, com informações trimestrais para o período entre 2010 e 2012.
Foram realizados testes paramétricos e não paramétricos de associação e análises de regressão com dados em painel não balanceado, tendo como variáveis dependentes seis proxies para o desempenho das instituições bancárias (ROA, ROE, eficiência de custos, spread, risco de crédito e margem financeira) e como variáveis explanadoras atributos referentes à origem do controle, concentração de capital do grupo controlador, origem do capital minoritário e natureza jurídica dos acionistas.
Pesquisas vêm relatando que a origem do controle pode influenciar a gestão dos bancos, sem que os resultados, contudo, se apresentem consistentes. A estrita regulamentação sobre propriedade de bancos no Brasil e o forte monitoramento de órgãos reguladores, com consequente constrição de práticas de governança, pode reduzir as escolhas dos gestores quanto ao desempenho. Desta forma, a pesquisa testou a hipótese de que a estrutura de propriedade não afeta o desempenho dos bancos no Brasil.
Os testes de associação apontam que o desempenho dos bancos difere quanto à origem do controle. A análise de regressão revela que a origem do capital controlador, a presença de investidores minoritários e a natureza jurídica dos acionistas são características que impactam marginalmente o desempenho das instituições financeiras no Brasil, rejeitando a hipótese proposta. O direito de voto dos controladores foi o aspecto que menos se mostrou relacionado aos indicadores de desempenho analisados.
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