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O objetivo geral é identificar a visão de gestores sobre a influência de práticas de inovação na obtenção de competitividade pelas empresas brasileiras do setor têxtil do segmento de confecção de meias. Os objetivos específicos são: analisar os fatores que impactam a inovação das empresas do segmento segundo seus gestores, conhecer as principais práticas de inovação adotadas nessa indústria, e como os gestores de empresas do setor vêem a inovação adquirida como agente de competitividade.
A pesquisa seguiu o método qualitativo e teve caráter exploratório, utilizando-se a técnica de estudo de casos de três empresas do segmento de confecção de meias, eleitas a partir de dados de estudos setoriais e da análise dos dados disponíveis publicamente. O contato com as empresas possibilitou a análise de documentos por elas fornecidos e a realização de entrevistas semi-estruturadas com gestores. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo por meio de categorização semântica.
Com base na literatura sobre as variáveis competitividade e inovação construiu-se um modelo conceitual a partir da visão de que a inovação pode ser em produto, processo, posição e paradigma. Além de incremental e radical, a inovação pode ser semi-radical. Diante da assimetria competitiva, há diversos autores, que, sob diferentes prismas, enaltecem o potencial de vantagem competitiva em decorrência de iniciativas de inovação, oferecendo diferenciação dos serviços e produtos.
O estudo revelou que os gestores vêem a inovação como meio de vantagem competitiva. Corroborando o modelo conceitual construído, os entrevistados destacam a importância da diferenciação em produtos de maior valor agregado e em processos que conduzam à redução de custos como principais fatores de competitividade em um cenário constituído por uma desvantagem competitiva em relação a produtos importados. Aspectos tributários, tecnológicos e econômicos conduzem a esse desafio competitivo.
Além de desafios competitivos enfrentados por empresas do setor o estudo revelou que em empresas tradicionais predomina a inovação incremental, enquanto em empresas criadas recentemente inovações radicais são mais comuns, como estratégia para concorrer com quem já detém posição consolidada no mercado. Espera-se que tais aspectos contribuam para a reflexão sobre as demandas concorrenciais do setor, bem como para o amadurecimento das teorias existentes em função dos indícios encontrados.
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