O objetivo deste artigo é investigar as práticas de Gestão de Pessoas nas instituições do Terceiro Setor no bairro do Belém, pois este cenário propiciou a formação de uma região onde as diferenças sociais aparecem com mais evidência. Sendo que para nortear esta pesquisa buscou-se responder a seguinte problemática: Como as organizações sem fins lucrativos do bairro do Belém estruturam a área de gestão de pessoas?
Este estudo se caracteriza como exploratório que “tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas à torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses” (Gil, 2002, p. 41). Os dados foram coletados por meio de um instrumento de pesquisa com 22 assertivas, que foi aplicado a 25 ONGs no bairro de Belém em São Paulo. Os respondentes foram os responsáveis pela GP dessas organizações e utilizou-se a estatística descritiva para análise dos dados
No que tange a Gestão de Pessoas, a profissionalização do Terceiro Setor implicou a adoção das práticas presentes tradicionalmente nas empresas: captação de pessoal qualificado, políticas de remuneração, treinamento, desenvolvimento e educação; e avaliação de desempenho. (ALBUQUERQUE; LEITE, 2009). Essas situação tem sugerido também um processo de GP mais interativo e contínuo (LACOMBE; CHU, 2008; LEITE; ALBUQUERQUE, 2011; WOOD JR et al., 2011).
Em resposta à pergunta de pesquisa, pode-se afirmar que a Gestão de Pessoas nessas organizações do terceiro setor escolhidas se caracterizam ainda de maneira embrionária comparada aos avanços ocorridos na área. O caráter de atuação sazonal, ou seja, ações focadas no curto prazo, buscando soluções imediatistas sem a existência de um procedimento e ou visão estratégica para a Gestão de Pessoas.
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