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Esse trabalho investigou a possibilidade das regiões brasileiras menos desenvolvidas reverterem sua condição de atraso tecnológico. Essa reversão acontece desde estas regiões estejam aumentando sua capacidade tecnológica, seja pela criação de inovação, seja pela imitação das regiões líderes. Assim, este estudo objetiva identificar a relação entre o desenvolvimento econômico e a capacidade de inovação e desenvolvimento tecnológico para cada região do Brasil.
Para atingir este objetivo foi estimada uma regressão linear múltipla com dados em painel. Os dados coletados para elaboração consistem de informações regionais para o período de 2000 a 2010. Como variável dependente, foi utilizado o produto interno bruto de cada região funcionando como proxy para o desenvolvimento econômico, como variáveis independentes foram utilizadas a produtividade relativa, investimentos em P&D, número de patentes e o consumo de energia elétrica industrial.
Baseou-se no modelo desenvolvido por Fagerberg (1988) para realização de catching up, que capta a aquisição de capacidade absortiva realizada pelas regiões para obter um maior desenvolvimento. De acordo com esse modelo, as regiões menos desenvolvidas podem conseguir um potencial para crescer a uma taxa mais rápida do que a líder tecnológica, garantindo o desenvolvimento econômico da região. Desse modo, utilizou-se também a abordagem de Sistemas Regionais de Inovação e crescimento econômico.
Os resultados encontrados apontam para a perpetuação da concentração econômica e tecnológica, indicando a necessidade das regiões atrasadas aumentarem seus esforços na imitação das tecnologias desenvolvidas pela região líder, investir mais em P&D e na criação de políticas e incentivos que possibilitem a atividade inovadora nas regiões.
Este trabalho contribui para os estudos voltados aos sistemas de inovação e desenvolvimento econômico, além de chamar a atenção para uma reflexão quanto à postura das regiões no que se refere à promoção da inovação e desenvolvimento tecnológico.
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