RESUMO
Código: 487
Tema: Cluster e Redes de Negócios

 

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O Ciclo de Vida das Redes Empresariais: Uma Avaliação do Estágio de Desenvolvimento de Redes no Sul do Brasil
 

Em pouco mais de uma década foram criadas entre 800 e 1.000 redes empresariais no Brasil, mas pesquisas indicam que em um curto espaço de tempo muitas deixam de existir ou ficam inativas (SEBRAE, 2008; 2012). Assim, o presente estudo teve como objetivo propor um modelo de ciclo de vida das redes empresariais e avaliar o nível de desenvolvimento de 28 redes constituídas no sul do Brasil, classificando-as de acordo com o modelo proposto.

O estudo foi desenvolvido com abordagem qualitativa, em duas etapas. A primeira consistiu na elaboração do modelo de ciclo de vida, sendo conduzidas duas rodadas de entrevistas em profundidade com sete especialistas no tema redes empresariais. A segunda etapa da pesquisa consistiu na aplicação do modelo de ciclo de vida às 28 redes de empresas constituídas entre os anos 2000 e 2012 nas regiões selecionadas, por meio de entrevistas com o presidente e associados.

Apesar dos esforços para compreender as motivações e benefícios da cooperação, ainda há lacunas sobre a dinâmica e etapas de desenvolvimento das redes empresariais (Jap e Anderson, 2007). O referencial teórico do estudo revisa sete modelos teóricos que propõem modelos de ciclo de vida de relações interorganizacionais: Dwyer et al (1987), D’Aunno e Zuckerman (1987), Ring e Van de Ven (1994), Spekman et al (1998), Zineldin (2002), Ahlström-Söderling (2003), Jiang et al (2008).

Das 28 redes de empresas criadas na região analisada somente três redes – o equivalente a menos de 11% do total – alcançou o estágio de consolidação, enquanto outras seis (ou 21%) estão em fase de desenvolvimento. No entanto, 68% das redes criadas no período se encontram em processo de declínio, dissolução ou já estão encerradas. O estudo revela as dificuldades enfrentadas pelas redes para alcançar a consolidação e indica estratégias que elas podem adotar.

O artigo gera contribuições teóricas e gerenciais. Como principal contribuição teórica está a proposição de um modelo de ciclo de vida de redes empresarias, com a descrição dos estágios e elementos para análise. O modelo pode ser usado por acadêmicos, gestores de redes e formuladores de políticas de apoio à cooperação. Como contribuição gerencial, a pesquisa aponta estratégias que os gestores de redes podem adotar para potencializar a consolidação de redes em fases de desenvolvimento.

 

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