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O Brasil tem um déficit de profissionais médicos nas áreas gerais segundo recentes levantamentos, sobretudo em municípios periféricos afastados dos grandes centros. O nível de satisfação do profissional e a remuneração profissional são fatores importantes embora não sejam os únicos. Este relato técnico objetiva avaliar a questão da rotatividade dos médicos que atuam em um município da região do ABC paulista e propor intervenções que auxiliarão na adesão desses profissionais ao serviço de saúde.
A metodologia utilizada no trabalho foi revisão bibliográfica, análise documental e descritiva dos dados extraídos da secretaria de saúde e do grupo de trabalho de gestão do trabalho médico do Grande ABC. Realizou-se contrato de trabalho entre secretaria de saúde e Fundação ABC para permitir uma maior flexibilidade e facilidade na forma e no processo de contratação dos médicos sendo elaborado plano de metas e produtividade alinhando gratificação salarial em caso do cumprimento das metas.
Os recursos financeiros da gratificação salarial proposta vieram do remanejamento de verba de custeio economizada através de parceria da secretaria de saúde e uma associação hospitalar filantrópica que assumiu o custo mensal da cidade em relação aos exames laboratoriais terceirizados de rotina e urgência. Com o realinhamento dos valores salariais do médico esperava-se maior fidelização junto ao serviço, ampliação do número de profissionais e um maior grau comprometimento com o serviço de saúde.
No período estudado não houve solicitação de demissão e foram admitidos 04 médicos. Ação proposta foi positiva para maior fidelização do médico no serviço do município e com maior número de atendimentos. Este trabalho permitiu concluirmos que ações de gestão em saúde com realinhamento salarial do médico associado a um plano de metas e produtividade foram efetivas e contribuíram para uma diminuição da taxa de rotatividade de profissionais no atendimento em atenção básica do município.
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