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O objetivo geral deste trabalho é analisar a relação entre a educação financeira e o lócus de controle sobre o score de risco de crédito SPC SCORE.
Os dados do artigo foram coletados em 2010. Retornaram da pesquisa 874 questionários válidos, por não conterem erros no CPF. O questionário foi composto por 195 questões, das quais foram retiradas as variáveis demográficas: renda, escolaridade, idade e sexo; situacional: estado civil; comportamental: educação financeira; psicológica: lócus de controle. Todas estas variáveis foram independentes e a variável risco de crédito foi dependente. Foi realizada uma análise de regressão logística.
Ao se analisar a concessão do crédito deve-se considerar o perfil do tomador de crédito, tentando mensurar as chances de inadimplência. A Psicologia Econômica, analisa o comportamento econômico do consumidor (VAN RAAIJ, 1984). A educação financeira possibilita aos indivíduos o conhecimento de ferramentas para a tomada de decisões e controle financeiro (FERREIRA, 2008). Porém, o indivíduo, consciente ou inconscientemente, tem por hábito atribuir a fatores externos, escolhas, decisões ou culpas.
A partir dos objetivos e hipóteses propostas foi evidenciado que, estatisticamente, a educação financeira tem impacto no risco de crédito. Já a variável lócus de controle, mostrou não ter impacto no risco de crédito SPC. Por fim, em relação a hipótese 3, há indícios que educação financeira não impacta no lócus de controle e, em consequência, não impacta o risco de crédito. Em relação às variáveis demográficas e situacionais, escolaridade e idade tem impacto no SPC SCORE, as demais não.
A contribuição teórica e prática deste artigo é evidenciar que as empresas, ao analisar o perfil do tomador de crédito, devem considerar variáveis, além do âmbito demográfico e situacional, pois as variáveis psicológicas e demográficas demonstram atitudes e comportamento e, isso, como evidenciou este estudo, tem relevância na forma de consumo e na condição de adimplência do consumidor.
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