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Este trabalho teve por objetivo analisar as crises na gestão da Saúde Indígena no Estado de Roraima no período de 1996 a 2006 que ocorria por meio dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas-DSEI's via Fundação Nacional da Saúde Funasa/MS no subsistema do Sistema Único de Saúde-SUS. Em Roraima existem dois DSEI's, o distrito sanitário especial do leste de Roraima-DSL e o distrito sanitário especial yanomami/DSY.
Para tanto foram realizada pesquisa quali-quanti levantamento de pesquisa bibliográficas em instituições como a Fundação Nacional da Saúde/FUNASA, Ministério da Saúde/MS, Conselho Indígena de Roraima/CIR, DIOCESE/RR, participações em conferências distritais locais, regionais e nacionais de saúde indígena, entrevistas direcionada a conselheiros e gestores da saúde indígena, aplicação de questionários e realização de levantamento de dados etnográficos e estatísticos das populações indígenas.
A gestão da saúde indígena é um modelo diferenciado que contempla a organização de serviços orientados para um espaço etnocultural dinâmico, geográfico, populacional e administrativo. Anteriormente a execução das ações de saúde ocorria via convênios com o Ministério da Saúde/Funasa através de parceria com municípios, organizações indígenas e outras instituições. Em 2010 o decreto nº 7.336/10 passou a competência da gestão para a Secretária Especial Indígena-SESAI/ Ministério da Saúde.
A análise permitiu identificar a necessidade de mudanças nas políticas voltada a atenção da saúde Indígena, tendo em vista os critérios geográficos, epidemiológicos e culturais. Identificou-se ainda que umas das principais causas da crise ocorrida no período foi a deturpação do modelo original, que previa autonomia política, administrativa e financeira para os DSEI's, a auferência a interesses políticos e a ineficiência na qualidade na gestão dos recursos financeiros, humanos e logísticos.
A pesquisa contribui para que a sociedade e a academia tenham o conhecimento da problemática levantada e uma visão mais ampla do atual modelo de gestão da saúde indígena no Brasil, formas da gestão, politicas de saúde e planejamentos que são desenvolvidas no âmbito regional e nacional. Contribui ainda para que as organizações indígenas repensem e avaliem continuamente por meio do controle social e conselheiros regionais todas as demandas voltada aos atendimento específicos nas comunidades.
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