Nessa pesquisa, buscar-se-á compreender se os níveis históricos de taxa de juros tem influência na emissão das debêntures utilizando um estudo de séries temporais semelhante ao feito na pesquisa de Barry e Mann (2008).
O método econométrico utilizado será o de regressão linear de séries temporais com o estimador de mínimos quadrados ordinários. A variável dependente foi o logaritmo do valor nominal total da emissão de debêntures, deflacionadas a dezembro de 2012 contra as variáveis da taxa média de emissão de debêntures defasadas nos períodos de 12 e 24 meses, as variáveis de nível histórico de taxa de juros, o spread de emissão, valor total de desembolsos do BNDES e valor das empresas do IBOVESPA.
Alguns autores como Graham e Harvey (2001), Hovakimian (2001) e Barry e Mann (2008) vêm observando que os gestores das companhias monitoram as taxas históricas de juros praticando emissões de títulos corporativos em momento de baixa de taxa de juros. No Brasil ainda existem poucos estudos que apontam as taxas de juros como variável importante das decisões de estrutura de capital, justificando assim este estudo.
Os resultados obtidos nesta pesquisa foram congruentes com os achados de Graham e Harvey (2001), Hovakimian (2001) e Barry e Mann (2008). Observou-se que as variáveis de níveis históricos de taxa de juros tem influência sobre o total de emissões mensais de debêntures o que pode ser uma evidência de que os gestores das empresas realizam emissões de debêntures quando as taxas de juros estão baixas se comparadas com as taxas históricas no período de doze meses.
Este estudo buscou apresentar uma pequena colaboração na compreensão dos diversos e complexos mecanismos que determinam as emissões de dívida corporativa e consequentemente dos determinantes de estrutura de capital das empresas brasileiras introduzindo a variável de nível histórico das taxas de juros como determinante das emissões de debêntures nos mercado brasileiro.
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