Nas últimas décadas tivemos no Brasil um conjunto de iniciativas de universalização do ensino superior implementadas pelo governo federal. Destacam-se o Programa Expandir, criado em 2003,que evidenciou o processo de interiorização das universidades federais. Diante desse contexto, a partir de 2005 a UFPB retomou o seu processo de interiorização, por meio da criação de um Campus. Nesse sentido, este artigo tem como objetivo analisar o processo de implementação do Campus do Litoral Norte da UFPB.
A pesquisa foi descritiva, e a abordagem adotada neste estudo foi qualitativa e a estratégia de pesquisa foi o estudo de caso. Os dados foram coletados de fontes primárias por meio de entrevistas semiestruturadas com os atores envolvidos no processo de implementação do Campus do Litoral Norte. As entrevistas foram analisadas por análise de conteúdo e nos dados secundários, utilizou-se documentos oficiais e a clipagem de notícias.
Para fins da pesquisa foi adotado como referencial teórico que contempla os seguintes temas: políticas públicas, conceitos, tipos e o ciclo; implementação de políticas públicas; e políticas públicas de educação superior.
Dessa forma aborda-se neste trabalhos as diferentes perspectivas sobre políticas na percepção de autores como Souza (2006), Secchi (2010), Perez (2010), Oliveira (2006), Höfling (2001), Silva e melo (2000), Rua (1997), dentre outros.
Verificou-se que a UFPB agiu de forma bastante positiva na criação do Campus do Litoral Norte na política de expansão do ensino superior público federal. Ao definir que nas cidades de Rio Tinto e Mamanguape seria implantado um campus, fez com que esses municípios entrassem no mapa da inclusão da educação de nível superior, o que contribuiu decisivamente para que mais pessoas que residem na região tivessem a oportunidade de ingressar numa universidade pública.
Considerando os aspectos político-institucionais, aspectos técnico-administrativos e a relação com os atores da sociedade no processo de implementação do Campus estudado, percebeu-se uma série de fragilidades decorrentes da falta de integração nas diferentes etapas da implementação. Quando uma ação governamental envolver diversos parceiros, deve preocupar-se com as diversas etapas da política pública, pois se falta articulação em quaisquer das fases do ciclo compromete os resultados esperados.
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