Este ensaio teórico parte de uma discussão que envolve a caracterização do profissional de tecnologia da informação (TI), a atuação desse profissional em equipes, a sociologia das gerações e os estudos que se tem produzido sobre gerações e TI, para que se proponha um quadro de referência adequado para a análise de gerações profissionais em TI.
Por se tratar de um ensaio teórico, o método adotado está calcado em revisões de literatura sobre os temas envolvidos, confrontações entre posicionamentos de autores e ilações que dão suporte à proposição de um modelo de investigação empírica.
Gerações e sucessões geracionais (Domingues, 2002; Mannheim, 1993), conflito geracional estático e dinâmico (Grün, 1993), equipes de trabalho em TI (Katzenbach & Smith, 2003; Mathieu et al., 2000; Peled, 2000), decisões individuais menos previsíveis, maior grau de risco e de culpabilização (Giddens, 1999), carreiras e maturidade (Camarano et al., 2004), capital cultural (Bourdieu, 1979), profissionais de TI (Ben, 2007; Coes & Schotanus, 2009; Joseph et al., 2010)
As gerações compõem um fenômeno de interesse sociológico, devido ao seu papel no entendimento da estrutura dos movimentos sociais e “espirituais” e da acelerada transformação por que passa a sociedade (Mannheim, 1993, p. 204).
Em tempos de ocorrência de intensos movimentos sociais, não só articulados por meio das novas tecnologias da informação (TI), mas principalmente manifestos presencialmente nas ruas das principais cidades do Brasil e do mundo, parece oportuno resgatar o interesse sociológ
O quadro de referência apresentado se propõe a contribuir com a análise geracional a partir de uma perspectiva ampliada, procurando fugir às limitações de uma objetividade que homogeneiza, conceitualmente (pois que só seria possível assim), as diferenças e o conflito. Uma tal objetividade faria vista grossa aos “‘jeitinhos’ e inovações produzidos para dar conta [justamente] desses conflitos.
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