|
O estudo objetivou analisar a qualidade das práticas de governança corporativa de companhias abertas listadas na BM&FBovespa por meio do índice proposto no estudo de Leal e Carvalhal-da-Silva (2007).
Pesquisa descritiva, documental e quantitativa em uma amostra de 260 empresas. Os dados, referentes a 2009, foram obtidos por meio de consultas ao site das empresas, IANs, notas explicativas, relatórios da administração e site da CVM. A qualidade das práticas de governança foi analisada de acordo com o estudo de Leal e Carvalhal-da-Silva (2007). Como procedimentos estatísticos, foram usadas medidas de estatística descritivas (médias, mínimos, máximos e desvio padrão), entropia e teste t-Student.
O referencial teórico aborda conteúdos sobre governança corporativa, que pode ser entendida como práticas que visam, principalmente, harmonizar as relações entre acionistas e gestores, contribuem para otimizar o desempenho e o nível de transparência. Também são apresentados estudos que analisaram a qualidade das práticas de governança corporativa, tais como Klapper e Love (2002), Black, Jang e Kim (2006), Leal e Carvalhal-da-Silva (2007), Lopes e Walker (2008), Silveira et al. (2010).
Em relação a qualidade das práticas de governança, encontrou-se um índice médio de adoção de 55%, ainda distante de 100%. No entanto, os índices médios foram superiores aos encontrados em estudos anteriores como os de Lopes e Walker (2008) e Silveira et al. (2010). Destacaram-se, com melhores práticas, as empresas do setor de tecnologia da informação e aquelas listadas no nível 2 da BM&FBovespa. Constatou- também que muitas das práticas analisadas não estavam sendo adotadas.
Práticas de governança corporativa em companhias brasileiras é um tema de crescente interesse, uma vez que o Brasil se destaca na economia mundial e suas companhias tem atraído a atenção de grupos de investidores, inclusive de outros países, assim, o estudo pode contribuir para fortalecer o entendimento sobre o tema no Brasil. O trabalho também contribui de forma social, pois, permitirá que investidores e órgãos fiscalizadores tenham conhecimento sobre a adoção de boas práticas de governança.
|
