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Mapear a publicação de papers no Brasil e verificar sua aderência, ou não, à modernidade.
Tendo por inquietação de pesquisa “qual a tendência nas pesquisas nacional em organizações?”, e tomando como corpus os artigos premiados no EnANPAD entre os anos de 2009 e 2012, por este ser o maior e melhor ranqueado evento junto à CAPES/QUALIS, esta pesquisa, com abordagem quantitativa-qualitativa, analisou 39 artigos. Para classificar estabeleceu-se um contínuo que nos extremos apresenta a classificação “tendência moderna” e “tendência pós-moderna” para as pesquisas analisadas.
A abordagem teórica que proporcionou a pesquisa tomou por base autores de campos diversos e de pesquisas organizacionais que discutem a modernidade e a pós-modernidade. Como representantes de campos diversos em que se discute a modernidade apontam-se Kumar, Hardt e Negri, Bauman, Lyotard, Boaventura Santos, Plastino entre outros. Como representantes da discussão da modernidade no campo das organizações utilizou-se Burrell, Cooper, Alvesson e Deetz, Aktouf, Weber, Fournier e Grey entre outros.
Evidenciou-se que o evento analisado (EnANPAD), no período considerado (2009-2012), apresentou “tendência moderna”, corroborando com pesquisas anteriores, embora duas de suas divisões se apresentaram com “tendência pós-moderna”, que foram EOR e GPR. Dos trabalhos premiados por edição (4), um deles se mostrou com “tendência pós-moderna”. O questionamento permanente é como uma área inserida nas ciências sociais mantém uma agende moderna frente a um mundo pós-moderno.
Com o mapeamento dos últimos 4 anos pode-se verificar/confirmar a tendência predominante nas pesquisas organizacionais. Constata-se que algumas áreas da pesquisa organizacional já tendem a considerar outra abordagem ontológica de pesquisa, privilegiando aspectos pós-modernos em sua agenda. Esse fato mostra que a pesquisa pós-moderna já se consolidou, enquanto via alternativa, nos estudos organizacionais, e que se ajusta à atual discussão da sociedade pós-moderna contemporânea.
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