RESUMO
Código: 859
Tema: Cluster e Redes de Negócios

 

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Desistência da Cooperação em Redes Interorganizacionais Horizontais: Reflexões A Partir da Tipologia da Ação Social Weberiana.
 

Refletir acerca do motivo da desistência da cooperação interorganizacional pelas organizações tomando por base a tipologia da ação social weberiana, na tentativa de avançar teoricamente por meio da reflexão se seriam as decisões de desistir da cooperação baseadas apenas em ações racionais com relação aos fins, como sugerem as pesquisas empíricas e a base teórica predominante do campo?

Como uma pesquisa exploratória, visto se tratar de uma reflexão, a abordagem empregada neste trabalho foi qualitativa, com formação do corpus por meio de fontes secundárias, notadamente trabalhos empíricos sobre desistência e encerramento de redes de cooperação. A busca inicial se deu em duas bases de dados: scielo.org e Periódicos CAPES, buscando por palavras-chave, num tipo de “bola de neve”, totalizaram-se, ao final, 12 artigos no corpus e analisados por meio da análise de conteúdo.

A abordagem teórica baseou-se em dois grandes blocos: 1. A discussão da cooperação, mecanismos de cooperação e a desistência da cooperação e; 2. A lógica da ação social, com foco especial à tipologia da ação social weberiana pelo caráter metodológico que dá à sociologia com ênfase no sentido da ação social pelo individuo. A relação tentada é demonstrar que as decisões envolvendo a cooperação não se dão – apenas – com base na racionalidade formal instrumental.

Apresenta-se, com base no corpus analisado, que empiricamente as pesquisas já apontam que entre os motivos da desistência da cooperação estão questões relacionadas ao perfil, não entendendo este como um reducionismo ao nível econômico. Aspectos culturais, manifestados como práticas cotidianas, potencializam o arranjo cooperativo. Logo, entender cultura como recurso é complementar à teorização da desistência da cooperação, auxiliando no entendimento do complexo fenômeno da cooperação.

Como principal contribuição desta pesquisa consta a necessária inclusão da dimensão cultural, por meio de autores como Yúdice, Canclini, Hall, Martín-Barbero entre outros, como teoria base para o entendimento da cooperação e, assim, de sua desistência. Critica-se, veemente, o pressuposto da racionalidade formal instrumental presente nas teorias predominantes no estudo da cooperação, compondo seu campo teórico. Sem a centralidade da cultura o entendimento é parcial, sendo este um limite teórico.

 

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