RESUMO
Código: 866
Tema: Temas emergentes e modismos em gestão de pessoas

 

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A Consultoria Interna de Rh Na Visão dos Clientes Internos
 

Esta pesquisa pretende refletir sobre a prática de Consultoria Interna (CI) na área de RH, a partir da visão de gestores, considerados aqui como clientes internos, atuantes em organizações que adotam essa proposição em suas estruturas de RH. Como a prática da CI é vista por seus clientes? Qual a percepção destes em relação à atuação dos consultores que lhe atendem? Que contribuições eles atribuem à área de RH? Tais inquietações norteiam e estimulam o presente artigo

O estudo caracterizou-se por ser um estudo de campo, de caráter qualitativo. As informações foram coletadas por meio de entrevistas individuais semiestruturadas, gravadas e transcritas mediante consentimento, junto a 23 gestores de 13 diferentes empresas da Grande Porto Alegre/RS, que adotam o modelo de consultoria interna como prática e estrutura em sua área de RH. Todas as informações levantadas foram analisadas por meio da técnica de análise de conteúdo, através de categorias de análise.

Inicialmente, expõe-se os motivos do uso do modelo de consultoria interna de RH nas organizações, baseando-se, principalmente, nos estudos de Ulrich (1998, 2000), Becker et al (2001), Dutra (2002), Limongi-França (2002), Wood Jr. e Tonelli (2005) e Araujo (2006). Posteriormente aborda-se os conceitos, contribuições e limitações da prática de consultoria interna nas organizações, inspirado, sobretudo, nos estudos de Block (1991), Mancia (1997), Merron (2007) e Leite et al (2009).

Os resultados mostram uma visão positiva por parte dos entrevistados sobre o modelo, porém com algumas limitações conceituais e, principalmente, insatisfação com a atuação da área de RH na perspectiva de consultoria interna. Segundo eles, as dificuldades de atuação do consultor interno fazem com que o modelo não tenha maior eficácia nas organizações. Tais dificuldades aparecem vinculadas à falta de: experiência, visão sistêmica, domínio técnico de gestão e do negócio.

Acredita-se que as limitações e restrições identificadas na pesquisa mostram-se, ao mesmo tempo, críticas importantes à atuação de RH e oportunidades para a retomada dos estudos sobre o modelo de consultoria interna na área, com indícios suficientes de que este pode contribuir para uma nova concepção de gestão de pessoas.

 

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