Investigar o impacto das escolhas contábeis aplicadas à mensuração dos ativos biológicos com a adoção do CPC 29 no grau de comparabilidade dos relatórios financeiros das companhias abertas brasileiras.
Testar o grau de comparabilidade entre as demonstrações, pelo Índice H, desenvolvido por Van der Tas (1998). Foi realizada a coleta de dados, por meio dos relatórios financeiros de uma amostra de 19 companhias abertas, listadas na BM&FBovespa, que possuíam ativo biológico nos períodos de estudo (2009 a 2012). Observou-se a escolha contábil das empresas na mensuração entre valor justo e custo histórico para ativos biológicos e produtos agrícolas, com aplicação do CPC 29.
As escolhas contábeis representam a possibilidade dos gestores de uma entidade optar por um método contábil em detrimento de outro. O CPC 29 permite uma escolha na mensuração do ativo biológico: custo histórico ou valor justo. Essa possibilidade de escolha pode ocasionar a redução do grau de comparabilidade dos relatórios financeiros das empresas, o que pode ser verificado por meio do índice H.
Aplicando o índice H, verificou-se que, para os ativos biológicos e produtos agrícolas, as empresas brasileiras possuem práticas contábeis comparáveis, pelo fato da maioria delas ter apresentado mensuração ao custo antes da adoção do CPC 29 e passarem a mensurar a valor justo após sua adoção. Houve elevação do grau de comparabilidade com mudança significativa em termos de valores do índice após a adoção das IFRS, devido à mudança quanto à forma de mensuração.
A pesquisa apresenta como contribuição abordagens e técnicas que ainda são incipientes para a literatura, por meio do assunto de escolhas contábeis, abordando os ativos biológicos e produtos agrícolas, por meio da técnica da aplicação do índice de comparabilidade de Herfindahl (Índice H). Também contribui de forma pratica para auxilio aos órgãos reguladores e usuários, uma vez que apresenta o grau de comparabilidade por meio da aplicação do CPC n 29 pelas companhias abertas brasileiras.
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