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De modo a analisar relação entre a política de dividendos e o risco das ações, mensurada pela variação nos preços, este artigo teve por objetivo verificar se a volatilidade do preço das ações negociadas na BM&FBOVESPA é influenciada pela política de dividendos das corporações.
O modelo econométrico utilizado teve por base os trabalhos de Baskin (1989). Para se mensurar a política de dividendos, utilizaram-se o dividend yield e o índice de payout. Para se avaliar o impacto da política de dividendos sobre a volatilidade das ações, o presente trabalho fez uso de regressão múltipla por mínimos quadrados ordinários. A amostra consistiu de todas as empresas não financeiras, pagadoras de dividendos e com ações listadas na BM&FBOVESPA, no período de 2000 a 2012.
O presente artigo utilizou a abordagem proposta por Baskin (1989) que se utiliza dos principais modelos que relacionam os dividendos aos preços das ações para analisar, em uma nova vertente, a influência do pagamento de dividendos sobre a volatilidade das ações.
Como resultados principais, verificou-se que a política de dividendos no Brasil demonstrou-se significante na determinação da volatilidade, evidenciando que quanto mais elevado o dividend yield, menor o risco a ser enfrentado pelo acionista. Adicionalmente, como esperado, observou-se que o tamanho influenciou negativamente as oscilações do preço das ações, enquanto que a dívida de longo prazo e o crescimento dos ativos demonstraram um efeito direto sobre a volatilidade do preço das ações.
Esta pesquisa contribui com novas evidências empíricas a respeito do assunto, tendo em vista que muitos dos estudos realizados têm sido direcionados à mudança da política de dividendos adotada pelas organizações, relacionando-a a lucros anormais ou ao retorno das ações. Ademais, a relação inversa entre o rendimento de dividendos e a volatilidade do preço das ações, fornece informações relevantes para os investidores que utilizam a estratégia de dividendos para investir em ações ou em derivativo
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