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A criação de conhecimento é foco de estudos em diferentes ambientes de trabalho. A Universidade, entendida como um ambiente propício para o desenvolvimento do conhecimento, sempre foi foco de estudos nas áreas de Educação, Psicologia, Sociologia e Filosofia. Contudo, quando contextualizada como local de trabalho de diferentes profissionais, ela passa, também a ser considerada como objeto de estudo da Administração.
O problema de pesquisa: como os professores do Departamento de Administração de uma determinada Instituição de Ensino desenvolvem o conhecimento necessário para o uso das tecnologias em sala de aula? O presente estudo teve por objetivo analisar o processo de criação de conhecimento dos professores do Departamento de Administração de uma Instituição Pública de Ensino Superior quanto ao uso das tecnologias em suas atividades de ensino.
A tecnologia pode ser concebida como os arranjos materiais e sociais que envolvem processos físicos e organizacionais, referidos ao conhecimento científico, exigindo assim, novas competências profissionais por parte dos professores. Já a criação do conhecimento dá-se por meio do processo de conversão entre conhecimento tácito e explícito envolvendo as crenças, intenções e o contexto ao qual se está vinculado sendo relacionado com a ação humana na interação social entre as pessoas.
O presente estudo, caracteriza-se como um estudo de caso do tipo seccional de cunho qualitativo. Para a coleta dos dados foi desenvolvido questionário estruturado, dividido em duas partes. Na primeira parte foram coletadas informações do perfil dos sujeitos e a segunda parte contou com 27 assertivas sobre os processos de conversão do conhecimento, ambas em formato Likert de 4 pontos onde os sujeitos avaliavam as sentenças.
A análise dos dados leva à compreensão de que a criação do conhecimento se configura como um processo que se inicia no indivíduo, mas que se estabelece nas interações sociais. A reflexão individual aparece nos processos de socialização, externalização, combinação e internalização. Há uma inquietação que se inicia no indivíduo e que é externalizada e socializada com o grupo provocando novos processos de reflexão.
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