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O tema relacionamento interfirmas não é novo. No entanto, um renovado interesse pelo tema tem se dado em função do desenvolvimento dos mercados e da tecnologia (NOOTEBOOM, 2004). As tentativas feitas pelas organizações de se relacionarem através de diferentes formas cooperativas, para Doz (1988 apud LARSSON et al.,1998) se apresentam como experiências de aprendizagem conjunta.No entanto, encontram-se poucos estudos relacionados à aprendizagem em nível interorganizacional.
Um universo pouco pesquisado tem sido o do agronegócio. Embora este segmento tenha crescido consideravelmente no Brasil nos últimos anos.O presente trabalho busca analisar a aprendizagem interorganizacional em uma organização do segmento agrícola, que optou pelo estabelecimento de alianças como desenho estratégico. Para tanto, toma como base teórica o trabalho de Salk e Simonin (2011) e o framework desenvolvido pelos autores.
Para tanto, o trabalho revisa os principais autores que abordam o tema empreendimentos cooperativos e seus enfoques, em seguida a literatura sobre aprendizagem organizacional e interorganiacional para em seguida explorar autores que explanam sobre a aprendizagem interorganizacional nas alianças estratégicas. Além do trabalho de Salk e Simonin e seu framework, também inspirado em trabalho de Huang (2010), busca analisar a aprendizagem entre essas organizações sob uma ótica mais longitudinal.
A metodologia utilizada terá como proposta o estudo de caso. Como sugere Yin (2003), esta estratégia metodológica é adequada quando o pesquisador deseja compreender um fenômeno contemporâneo, dentro de um contexto real, nos quais as fronteiras entre o fenômeno e o contexto não estão claramente evidenciadas. Pretende-se que, com a concentração do estudo em um caso único, mas que contempla um número de quatro de alianças, a aprendizagem interorganizacional seja mais profundamente observado.
Tendo como base o framework definido, a discussão se concentrou em quatro blocos de variáveis. O primeiro são aspectos relativos à própria aliança, o segundo relacionados aos parceiros, o terceiro ao contexto e o quarto variáveis relativas ao conhecimento. O estudo procurou ainda, levar em conta as intenções, processos e resultados dessas alianças estratégicas.
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