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Como recursos na organização são gerenciados é fator determinante para a formação de estratégia, porém, a cada negócio empresarial, os recursos passam a ser utilizados de forma diferente, com práticas e rotinas distintas, que sofrem modificações, para adequação ao contexto, que também se altera. O agente de mudança é o indivíduo. Portanto, o trabalho buscou o entendimento da ação dos indivíduos juntamente com o lidar de recursos pelas organizações.
Pode-se dizer que o objetivo maior do trabalho é o confronto dos ensinamentos evidenciados na literatura de duas temáticas de estudo da estratégia: Teoria da Visão Baseada em Recursos (RBV) e Estratégia como Prática (SasP). Por que, então, esse trabalho se faz relevante? Listam-se os seguintes aspectos: (1) Entender melhor o desenvolvimento de estratégias por meio das práticas realizadas, práticas que se utilizam de recursos da organização; e (2) Integrar essas duas temáticas de estudos.
Nos estudos da RBV, o conhecimento que as pessoas têm é considerado o principal recurso da organização. Trata-se de seu capital humano. A SasP trata o fazer estratégico como sendo de cunho individual, porém, não menciona que esta atuação transcorre em cima de recursos que são postos a uma determinada comunidade para trabalhar. Assim, o conhecimento e a reflexão passa a ser base ao desenvolvimento de estratégias.
O método desenvolvido recaiu na revisão de literatura de duas áreas de conhecimento distintas: (1) RBV, com o seu arcabouço VRIO (BARNEY, 2002) e seus quatro tipos de capital (físico, humano, organizacional e financeiro); (2) SasP, com a definição praticante, práxis e práticas, na qual o conceito de reflexão sobre o que se faz é determinante à estratégia. Portanto, trata-se de um estudo teórico exploratório em conceitos e teorias buscando maior proximidade entre si.
Ao longo da seção de discussão, três eixos distintos e relacionados que podem ser compreendidos como agenda: (1) RBV e SasP com suas similaridades e divergências; (2) Conhecimento ou reflexão como a base ao fazer estratégico; (3) União da RBV e da SasP a partir do entendimento que o conhecimento é percebido como um processo reflexivo dos indivíduos, circunscrito a um contexto social organizacional.
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