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Há a necessidade de estudos mais específicos para o melhor entendimento de como a gestão ambiental é abordada pela área de produção, particularmente relacionado com a formulação e a implementação desse aspecto na estratégia da produção (JOHANSSON; WINROTH, 2010) em diferentes indústrias. Além disso, a gestão de operações relacionada com a gestão ambiental é muito pouco estudada nas indústrias que compõem o Agronegócio.
O principal objetivo deste estudo é, portanto, analisar as práticas ambientais adotadas por estas indústrias e se o critério de gestão ambiental adotado identifica o desempenho ambiental como uma nova prioridade competitiva além das tradicionais prioridades adotadas no setor de produção dentro das empresas, sendo possível identificar também o grau da maturidade da gestão ambiental dessas indústrias no Brasil.
Geralmente, uma postura ambiental reativa coincide com a adoção de um número limitado de práticas de gestão ambiental, motivadas geralmente por pressões externas à organização. Por outro lado, a postura proativa (geralmente motivada pelo desejo de explorar a vantagem competitiva dessa iniciativa) tende a coincidir com a adoção voluntária de práticas avançadas de gestão ambiental que pode levar a mudanças nos produtos e nos processos produtivos (TEIXEIRA et al., 2011).
Devido à característica descritiva e também de construção de teoria desta pesquisa, optou-se por um estudo de casos múltiplos, o que possibilita a comparação entre os casos e os contextos sendo estudados, tornando as evidências mais vigorosas e robustas (YIN, 2009), possibilitando também identificar as ligações entre as variáveis que estão sendo estudadas e o porquê dessas relações existirem (VOSS; TSIKRIKTSIS; FROHLICH, 2002).
Verifica-se que há um processo de transição entre os níveis preventivo e proativo, pois diversas práticas adotadas já se referem a características de empresas proativas (GONZÁLEZ-BENITO; GONZÁLEZ-BENITO, 2006), mas não conseguem ainda tomar total proveito do que o desempenho ambiental pode oferecer em razão da maturidade deste aspecto nas estratégias da empresas como uma vantagem competitiva do negócio.
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