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As divisões dos papéis desempenhados por homens e mulheres já não são mais tão rígidas como há algum tempo, é crescente a realidade de mulheres desempenhando papéis até então exclusivos de homens e vice-e-versa. Os estudos sobre as questões de gênero nas organizações e no mercado de trabalho fazem parte de um tema que precisa ser mais explorado na teorização organizacional (GUIRALDELLI, 2012), já que questões de gênero podem afetar o desempenho nas empresas.
Este estudo teve como objetivo identificar como futuros profissionais de ambos os sexos percebem as diferenças de gênero em seu curso e como acreditam que seja a situação nas organizações. Também, se buscou identificar realidades do mercado em uma capital nordestina, através de entrevista com profissionais de recrutamento e seleção que atuam na cidade, bem como com um professor de Gestão de Pessoas de uma universidade pública federal da cidade.
Neste estudo são discutidas reflexões sobre as questões de gênero no mercado de trabalho. A princípio, trata-se da questão da divisão sexual no trabalho e como isto tem afetado os papeis dos membros das famílias, através da análise de alguns trabalhos recentes sobre o tema. Posto isto, faz-se uma contextualização sobre o pós-modernismo e suas implicações para o mercado de trabalho, e sobre o fenômeno “teto de vidro”.
Para atingir os objetivos foram considerados os seguintes sujeitos: alunos de graduação em cursos tradicionalmente dominados por um determinado sexo; um professor de Gestão de Pessoas e profissionais de Recrutamento e Seleção. Os sujeitos foram selecionados por conveniência. Os alunos e o professor foram entrevistados individualmente por meio de roteiro semiestruturado e os profissionais de RS via internet. As entrevistas foram analisadas pelo método de análise de conteúdo (BARDIN, 1977).
Os papéis de homens e mulheres na sociedade se refletem nos cursos representados nesta pesquisa. Ainda na formação dos profissionais, há um preconceito que se disfarça de brincadeira, inclusive por parte dos professores. As questões de gênero não são propriamente discutidas na formação de gestores. Há uma preocupação pelos profissionais de recrutamento para minimizar a exclusão de mulheres de alguns tipos de trabalho, por meio de ações que visam minimizar exigências discriminatórias do mercado.
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