RESUMO
Código: 1182
Tema: Finanças comportamentais e pessoais

 

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A Consciência Socioambiental Nas Decisões de Investimentos: O Que Pensam Os Universitários?
 

De acordo com Silva et al. (2008), no atual cenário mundial, as Finanças Comportamentais são um dos ramos mais polêmicos do estudo de finanças, devido a atual turbulência do mercado financeiro global. Dentro desse âmbito, umas das questões que está se inserindo nas decisões de investimentos é a responsabilidade socioambiental, ou seja, muitos investidores optam por alocar seus recursos em alternativas de investimentos que estejam relacionadas ao bem-estar da sociedade (IYER; KASHYAP, 2009).

Este estudo busca suprir a lacuna de pesquisas nacionais sobre investidor social, unindo as temáticas de finanças comportamentais e responsabilidade socioambiental. Os objetivos são: adaptar o modelo de Iyer e Kashyap (2009); testar o impacto dos fatores antecedentes nos objetivos não econômicos de investimento; analisar o impacto dos fatores antecedentes na percepção da eficácia dos investimentos sociais e verificar a relação entre eficácia dos investimentos sociais e objetivos não econômicos.

Realizou-se uma adaptação do modelo de Iyer e Kashyap (2009), utilizando os seguintes construtos como fatores chaves nas decisões de investimento: eficácia dos investimentos sociais, coletivismo, materialismo, objetivos não econômicos de investimento, propensão e afinidade ao risco. Os construtos antecedentes são: coletivismo, materialismo, propensão ao risco e afinidade ao riso; e construtos consequentes: eficácia dos investimentos sociais e os objetivos não econômicos de investimento.

A pesquisa é de caráter quantitativo e descritivo, baseada no modelo de Iyer e Kashyap (2009). Aplicou-se 212 questionários com acadêmicos de uma Universidade localizada no Rio Grande do Sul. Os dados foram rodados no software PASW Statistic18 e Amos. Para uma pré-validação do modelo foi realizada a Análise Fatorial Exploratória, cálculos do Alpha de Cronbach e estatísticas descritivas (média e desvio-padrão). Após realizou-se a validação do modelo global e o teste das hipóteses.

Na adaptação do modelo, afinidade ao risco teve confiabilidade insatisfatória e as hipóteses H5 e H6 foram eliminadas. Evidenciou-se que os acadêmicos têm responsabilidade socioambiental, estão propensos aos riscos e dão pouca importância para bens materiais. Verificou-se que coletivismo e propensão ao risco são antecedentes da eficácia dos investimentos sociais; coletivismo é antecedente nos objetivos não econômicos e eficácia dos investimentos sociais é antecedente dos objetivos não econômicos