RESUMO
Código: 1219
Tema: Gestão Organizacional: Recursos Humanos, Arranjos Institucionais e Planejamento

 

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Influências Individuais, Familiares, Organizacionais e Contextuais Na Decisão de Se Aposentar: Um Estudo Com Professores e Técnicos Administrativos, em Abono de Permanência, da Universidade
 

O envelhecimento da população é um fenômeno que atinge várias partes do mundo, incluindo o Brasil, e está modificando a vida dos indivíduos, as estruturas familiares e a sociedade (CAMARANO; KANSO; MELLO, 2004; IPEA, 2013). Neste grupo etário, um dos grandes desafios consiste na decisão de continuar trabalhando ou de se aposentar. Tal decisão é complexa, pois envolve aspectos individuais, organizacionais, familiares e contextuais (FRANÇA, 2009; FRANÇA; SOARES, 2009; MOREIRA, 2011).

Tem-se observado empiricamente que vários servidores da UFPB estão postergando a aposentadoria. Surge a questão: Como se configura a tomada de decisão da aposentadoria, de servidores em abono de permanência da UFPB, considerando aspectos individuais, familiares, organizacionais e contextuais? E pretende-se pretende-se propor, testar e analisar um modelo para compreender a tomada de decisão pela aposentadoria ou pela permanência em trabalho dos servidores idosos federais sob as três perspectivas.

A proposta é fundamentada no Modelo de Curso de Vida Dinâmico Biográfico- Institucional – Societal proposto por Silverstein e Giarrusso (2011), no qual é possível observar a aposentadoria como um fenômeno multínivel (SZINOVACZ, 2003), um processo influenciado por variáveis de nível individual, por aspectos contextuais meso e macro; e que essas também são particularizadas por perfis de aposentáveis, tais como: idade, gênero, trabalho, dependência familiar e aspectos legais.

A pesquisa caracteriza-se como aplicada, explanatória e mista, pois pretende descrever e analisar como as dimensões micro, meso e macro podem influenciar na decisão do servidor idoso de se aposentar ou permanência trabalhando na Universidade Federal da Paraíba, observando as influências das variáveis quantitativas (delineando os perfis por meio de uma Análise de Sobrevivência) e qualitativas (através de entrevistas em profundidade); e propondo um modelo explicativo dessa tomada de decisão.

Com base na análise deste modelo, será possível identificar se há diferença, na tomada de decisão de aposentadoria ou de permanência em trabalho, entre: técnicos administrativos e docentes; gênero; faixa etária; carreiras; relação de dependência; situação legal de aposentadoria, ou seja, traçar um perfil dos aposentáveis, calculando o tempo médio em abono de permanência e compreendendo em que contexto individual, organizacional, familiar e socioeconômico que se operacionaliza.