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Após a quebra do monopólio estatal sobre a exploração de Energia Elétrica, por meio das privatizações da década de 90, os investidores puderam efetuar investimentos nesse setor, em busca de retornos financeiros. Para o setor de energia elétrica, a eficiência operacional dos custos está diretamente relacionada a conquista de tarifas justas e sustentabilidade financeira, podendo constituir, para tais investidores, uma ferramenta de avaliação dessas empresas.
O estudo pretende investigar qual a visão do mercado sobre a eficiência de custos das empresas brasileiras, listadas na BM&FBovespa, que atuam no ramo de distribuição de Energia Elétrica, abordando a relação de eficiência entre custos operacionais e receitas no segmento de distribuição de Energia Elétrica, enquanto os demais tratam da análise de mercado via eficiência energética, evidenciação e tratamento de informações, a relação entre eficiência e valor e a análise de indicadores.
O presente estudo fundamenta-se nos conceitos de eficiência técnica, capacidade de a empresa consumir os recursos disponíveis para gerar o máximo de produtos (outputs) (Serrato, 2006) e de eficiência de lucros, a proximidade com que uma empresa produz os mesmos outputs sob as mesmas condições do lucro máximo e como esse lucro é determinado pela empresa melhor avaliada dentro de determinada amostra (Sun, Harimaya e Yamori, 2013).
O presente estudo teve como metodologia o uso da Análise Envoltória de Dados (DEA) para obter uma medida de eficiência de custos, e depois, por meio de uma regressão de dados em painel, com efeito fixo, compara-lo ao Q de Tobin afim de investigar a relação entre os dois.
A Análise dos resultados demonstrou que pode-se inferir que a visão de mercado varia em torno de 55% da eficiência percebida, calculada por meio do DEA. Ao se observar a significância das variáveis, somente as variáveis dummies de tamanho passaram no teste de significância, o beta dessas três dummies se mostrou negativo, evidenciando uma relação negativa entre a visão do mercado e os portes de tamanho. A variável de eficiência não se mostrou significante, e demonstrou um beta negativo.
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