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Mudanças na economia e sociedade imprimiram uma nova formatação ao mercado de trabalho. A reboque dessas transformações visualiza-se um aumento no acesso das mulheres ao mercado de trabalho pari passu a crescente ocupação desse gênero em cargos de direção e liderança. Tais mudanças constituíram uma ruptura no paradigma vigente, reformatando um ambiente empresarial que até, poucas décadas, era ocupado pela identidade masculina, consubstanciado, na figura do homem de negócios (BELLE, 1993).
Frente a essas transformações, as mulheres vêm, ao logo dos últimos anos, apresentando e desenvolvendo características no modo de gerenciar e de liderar que, correspondem às exigências de um ambiente organizacional cada vez mais competitivo. Diante desse contexto tem-se como objetivo analisar os dilemas e conquistas na trajetória profissional de mulheres ocupantes de cargo de liderança na cidade de Caruaru – PE.
Apresentam-se as perspectivas teóricas que permeiam as discussões sobre a inserção da mulher no mercado de trabalho (KANAN,2010), (PROBST,2005), destacando-se os aspectos históricos e sociais (TONANI, 2011), bem como as implicações oriundas da ascensão profissional e ocupação de cargos de liderança pelo gênero feminino. (MÉNDEZ,2005),(BELLE,1993).
O estudo tem caráter exploratório de tipologia qualitativa, utilizando como procedimento de coleta entrevistas não estruturadas(LAVILLE; DIONNE,1999).As entrevistadas foram selecionadas a partir da representatividade de sua atuação em diversos segmentos: saúde, educação, instituição pública, setor financeiro e comércio. Imbricado a coleta de dados utilizou-se a perspectiva de análise pragmática da linguagem proposta por Mattos(2005), a fim de capacitar as dimensões simbólicas do ato de fala.
Como achados, observa-se que as entrevistadas priorizam um estilo de gestão autocrático e rígido, sendo um contraponto ao estereótipo atribuído à liderança feminina que delineia a mulher como uma figura inclinada a liderar de forma colaborativa e democrática(KANAN,2010).Os exemplos e inspirações de líderes são para elas, de forma massiva, figuras masculinas. Ao mesmo tempo em que o preconceito, conflito família e trabalho e desigualdade salarial foram entraves na trajetória profissional.
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