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Nos anos 1990, os aspectos econômicos eram os mais visados na estratégia das empresas enquanto a variável ambiental ia sendo incorporada gradualmente (WU, PAGEL, 2011); a partir dos anos 2000, as empresas passaram a considerar o meio ambiente como variável importante (PAGELL, GOBELI, 2009) e após 2010, como fundamental (BARBIERI, 2006; POLIZELLI, 2005). Morilhas e Nascimento (2007) perceberam que os modelos de Desenvolvimento de Produtos ainda não estão integrados com a área de gestão ambiental.
Dado que a literatura ainda não contempla a variável ambiental no processo de desenvolvimento de produtos, este estudo visa verificar a evolução das práticas ambientais no desenvolvimento de produtos em organizações com reconhecidas práticas de gestão empresarial, inovadoras e com preocupações ambientais no período de 2007 a 2014, a partir do modelo de desenvolvimento de produtos desenvolvido por Morilhas e Nascimento (2007), com base no modelo de Wheelright e Clark (1992).
As inovações são relevantes se houver ligação entre a sustentabilidade e o desempenho econômico (KRAUSE et al, 2009; PAGELL, GOBELI, 2009; EPPINGER, 2011) e ferramentas como Design for Environment e Life-cycle Assessment devem ser usadas como imperativo para relacionar o design com a sustentabilidade ambiental dos produtos desde que o escopo e objetivos estejam efetivamente direcionados para as decisões de desenvolvimento de produtos sustentáveis (ALBLAS et al, 2013).
Método qualitativo, exploratório e indutivo, de forma a identificar a evolução das práticas ambientais adotadas no desenvolvimento de novos produtos em empresas inovadoras e ampliar o conhecimento sobre o assunto. Foi adotada a modalidade de múltiplos casos do tipo holístico, tendo como unidades de análises as organizações inovadoras. Dados foram coletados em 2006 e em 2014, por meio de entrevistas e análise de documentos, depois foram categorizados e analisados.
As empresas fazem parte de dois setores distintos: químico e higiene e cosméticos. São reconhecidas pelo efetivo desempenho em termos de gestão empresarial, por investirem constantemente no desenvolvimento de novos produtos e por apresentarem declarada preocupação ambiental. Adotam modelos de gestão ambiental próprios com critérios de sustentabilidade, e realizam diversas práticas ambientais, como parte da estratégia e posicionamento proativo.
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