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A Organização Mundial da Saúde recomenda o consumo diário mínimo de solução alcoólica de 20 ml/paciente-dia para a Higiene de Mãos. Após constatarem que na UTI de um hospital pediátrico de grande porte, o consumo de álcool em gel para HM era de 12,1 ml/paciente-dia, muito abaixo do recomendado, o médico e a enfermeira responsáveis pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar associaram este indicador de consumo à má adesão de HM no setor pela equipe assistencial.
Para melhorar a adesão aos cinco momentos de HM o médico e a enfermeira do hospital iniciaram um treinamento junto à equipe, adotando práticas de gestão do conhecimento. O processo de conversão do conhecimento balizado na interação entre conhecimentos tácitos e explícitos foi a estratégia escolhida por ser muito eficiente na difusão de melhores práticas. As etapas deste processo são socialização, externalização, combinação e internalização.
A socialização ocorreu com o contato entre médico e enfermeira ao trocarem experiências e observarem a equipe no cuidado aos pacientes. A externalização ocorreu por meio do registro das observações que apontaram se as práticas de Higene de Mãos ocorriam em conformidade com as recomendações da OMS. Houve devolutiva aos profissionais destacando oportunidades de melhorias. A combinação ocorreu quando os profissionais do SCIH elaboraram um relatório para os gerentes de cada equipe.
O processo de conversão do conhecimento mostrou-se eficiente na promoção da adesão da equipe multiprofissional aos cinco momentos de higiene de mãos, pois imediatamente após a intervenção constatou-se que o consumo diário de álcool em gel aumentou de 12,1ml/paciente dia para 37,1 ml/paciente dia na UTI pediátrica deste hospital. O acompanhamento do consumo de solução alcoólica associado ao consumo de outros produtos torna o monitoramento da HM menos oneroso.
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