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As teorias sobre empresas familiares ainda são conceitos novos e ainda sem uma base concreta fundamentada. Todavia existem muitos campos de análise ainda por serem buscados e é possível perceber a influência de elementos da Nova Economia Institucional, Teoria da Agência, Teorias das Fontes de Financiamento, tanto em estudos que buscam encontrar diferenças significativas entre desempenho quanto em análises baseadas em casos históricos (SHARMA; CARNEY 2012).
O desempenho financeiro, mesmo sendo um dos itens mais analisados pelos trabalhos sobre empresas familiares ainda não é um elemento conclusivo, visto que muitas variáveis exógenas podem impactar em determinados resultados financeiros. Diante disso, o objetivo desta pesquisa é responder a seguinte questão: o modelo de propriedade familiar para empresas brasileiras listadas em bolsa resulta em melhores ou piores desempenhos financeiros?
Alguns estudos alcançaram grande importância ao comparar e estabelecer construtos para as diferenças entre o desempenho financeiro e a criação de valor das empresas familiares e não familiares. Um destes estudos é o de Anderson e Reeb (2003). Ao contrário da noção de que a propriedade da família é prejudicial, os autores encontraram desempenhos superiores, tanto para valores contábeis quanto de mercado, em empresas familiares do que em empresas não familiares.
A pesquisa utilizou um teste de média das variâncias com o uso de covariáveis (ANCOVA). As variáveis dependentes foram: Passivo Oneroso e o Lucro Operacional Líquido. Já as variáveis independentes foram: as características da empresa (controle acionário familiar, presença da família na presidência ou vice-presidência do conselho administrativo e presença de membros da família ocupando cargos de presidência ou vice-presidência). As covariáveis foram: o tamanho da empresa, a idade e o setor.
Os resultados alcançados demonstraram diferenças para resultados financeiros de cada tipo de empresa. Para o Passivo Oneroso, a presença de atributos familiares contribuiu para uma menor recorrência do uso de capitais de terceiros. Já para o Lucro Operacional, o resultado das empresas com atributos familiares foi inferior ao das empresas não familiares. Os resultados para as diferenças entre resultados financeiros das empresas da amostra mantiveram a tendência dos estudos utilizados como base.
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