RESUMO
Código: 1334
Tema: Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho

 

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Relação de Poder Nos Hospitais: Desafios de Administradores Hospitalares Na Relação Com Os Médicos
 

Um dos fenômenos que vem sendo discutido ao longo dos anos é o Poder, que parte do pressuposto que as pessoas tem necessidades e interesses pessoais, e que em alguns casos, vão de encontro ao de outros membros da organização, mesmo trabalhando com objetivo comum. Em organizações como os hospitais, há grande complexidade na sua gestão, já que contempla uma gama de processos e mantém relacionamento com várias instituições e entidades.

O presente trabalho tem como objetivo verificar como administradores de hospitais privados da cidade de Campina Grande percebem as relações de poder entre sua categoria profissional e a dos médicos proprietários. Foram escolhidos hospitais de médio porte, com aproximadamente 120 leitos e 300 funcionários, entre eles médicos e gestores. Este contexto pode ser ambiente privilegiado para a pesquisa.

A revisão da literatura é dividida em três seções: Autoridade e poder, onde são abordados os fundamentos da teoria, envolvendo autores como Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000), Morgan (1995) e Schein (1982);Poder no Hospital, onde se considera pesquisas dentro de hospitais, citando pesquisas como as de Zagonel (1996) e Dussault (1992); Autonomia, Relacionamento e Conflitos, tratando estas três dimensões, com a visão de Ferreira, Garcia e Vieira (2010)

Este trabalho se baseou em pesquisas de campo do tipo qualitativa, além de ter contado com pesquisas nas teorias e abordagens existentes para embasamento teórico. Foi realizado uma pesquisa de campo exploratória, com entrevista qualitativa semiestruturada, seguindo paradigma epistemológico interpretativista, em três hospitais privados (um deles sem fins lucrativos, em um universo de 5 hospitais privados na cidade de Campina Grande - PB).

Os resultados desta pesquisa, por tanto, reforçam achados Cecílio (1997), Cecílio e Moreira (2002), Bernardes et al. (2007), e Ferreira, Garcia e Vieira (2010) que apontam para a existência de conflitos nas relação de poder envolvendo a área médica, o que se configura como um constante desafio para a administração hospitalar.