RESUMO
Código: 1359
Tema: Técnicas de investimento

 

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Modelagem da Volatilidade em Períodos de Crise Para O Retorno das Ações da Vale do Rio Doce
 

Com o aumento de negociações de contratos futuros derivados dos preços das ações, torna-se interessante o estudo da volatilidade de ações, principalmente as mais negociadas. Nesse contexto a VALE5 está entre as mais representativas no índice Bovespa, e possui historicamente um baixo beta de mercado, sendo um ativo relevante para esse estudo, contribuindo para a literatura da análise de risco, ao examinar o comportamento da volatilidade especificamente de um ativo de baixo risco idiossincrático.

Frente a importância da análise de risco no mercado acionário brasileiro e a relevância dos modelos autoregressivos heterocedásticos, surge o seguinte problema: Como modelos autoregressivos com heterocedasticidade condicional estimam a volatilidade das ações preferenciais da Companhia Vale do Rio Doce? Assim, o objetivo deste estudo é analisar o comportamento dos retornos das ações preferenciais da empresa Vale do Rio Doce, através da estimação de modelos GARCH para uma série de seus preços.

Os modelos ARCH, introduzidos inicialmente por Engle (1982), foram aperfeiçoados em seguida: GARCH (Bollerslev, 1986, 1987, 1988) e suas extensões, como EGARCH (Nelson, 1991), TGARCH (Zakoian, 1994), IGARCH (Engle e Bollerslev, 1986), TGARCH (Glosten, Jagannathan e Runkle, 1993; Zakoian, 1994), MVE (Taylor, 1980, 1986) e EWMA. Estes modelos possibilitaram avanços como o uso de uma memória mais longa, uma estrutura mais flexível de determinação de defasagem, e a modelagem de efeitos assimétrico.

Foram coletados os preços diários na base de dados Economatica®, compreendendo o período de 2003 até 2013, cinco anos antes da crise de 2008 e cinco anos depois. As análises foram feitas em quatro etapas, abrangendo:i) período total, de janeiro de 2003 a dezembro de 2013; ii) período antes da crise, de janeiro de 2003 a 06 de agosto de 2007; iii) período durante a crise, a partir de 13 de agosto de 2007 a 20 de outubro de 2008;iv) período pós-crise, de 27 de outubro de 2008 até dezembro de 2013.

Tanto nos períodos de altas oscilações no mercado (a exemplo da crise de 2008), como em momentos de menor volatilidade, os preços do ativo e sua variância em determinado período de negociação determina o comportamento dos preços e da variância em períodos posteriores. Os coeficientes foram significativos. Pode-se afirmar que o modelo TGARCH (1,2,2), encontrado em relação ao período pós-crise, é o mais eficiente para modelagem da volatilidade condicional hoje para as ações preferenciais da Vale.