RESUMO
Código: 1379
Tema: Casos de Ensino

 

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A Cola “assistida” e Aprendizagem Decorrente: Um Estudo Nas Provas Escritas de Análise de Investimentos
 

Conduzir uma miscelânea de atividades no habitat da sala de aula chega a se tornar um trabalho hercúleo no âmbito universitário. Não obstante, na busca de uma real aprendizagem todos os meios valem a pena ser tentados, minando assim a subjetividade em grau elevado de sua avaliação. Ao reunir opiniões de especialistas educadores que sustentam o afloramento da aprendizagem em qualquer situação, a cola não seria de todo um mal, muito menos uma desonestidade praticada pelo aluno.

A conexão da busca da resposta de uma questão atrelada ao objeto de consulta não permitido reteria o conhecimento desejado e consequentemente provocaria a aprendizagem almejada. Assim, ser complacente com uma atitude pouco nobre, como a “cola”, no ato de mensurar o que se aprendeu, ajuda a consolidar a aprendizagem requerida? Assim o objetivo do estudo foi mensurar a aprendizagem decorrente de uma “cola”.

Demo (2005) discute aprendizagem torna-se procedimento estratégico. O pensamento não é apenas material, sequencial, digital, algorítmico, mas altamente significativo, subjetivamente irrepetível e intrinsecamente autônomo. Lowman (2004) para a maior parte dos estudantes e para muitos professores universitários, os testes e as notas são uma realidade desagradável, mas inevitável. Para Ioschpe (2014) a cola aqui e acolá é socialmente aceita. Só se pode colar tanto quando alguém faz vista grossa.

A captura dos dados se deu parte da aplicação de quatro provas, as quais distribuídas equitativamente nos semestres respectivos e essencialmente via a observação. O professor permitiu, ainda que informalmente, a cola, disfarçando seu desinteresse. O registro da captura de dados foi feito por meio de documentos no formato de provas e anotações circunscritas no diário de campo.

A média semestral por turma foi respectivamente de 33,2% e 30,3% com rendimento acima de cinco o que não se mostra desprezível Dos 160 alunos 17 obtiveram a nota máxima de sete. Cerca de 13 alunos variaram entre 6,0 e 6,9. Perfazendo um percentual de 8,3% (16 discentes), se enquadraram no intervalo de 5,1 e 5,9. Os demais, 71,3% falharam com a prática da cola na aprendizagem.